Viva a Rebeldia

O meu respeito pela “civilização ocidental” é zero. A liderança tecnológica não foi acompanhada pelo desenvolvimento espiritual.

Temos uma sociedade autofágica, superficial, que desperdiça recursos produzindo bens totalmente desnecessários ou nocivos que logo que debitados se transformam em dejetos não recicláveis.

A solidariedade se expressa através de palavras vazias que não se transformam em atos. A sabedoria é desprezada, a ignorância é cultivada, a arrogância praticada, ao serviço da ganância.

Os valores apregoados pela chamada “democracia” são usados para uma eficiente escravização das populações e da vida em geral pelas oligarquias “eleitas” pelos mesmos a quem exploram através do cultivo da ignorância.

O Estado, esse monstro, tudo pretende controlar, através de leis e regras cada vez mais restritivas, reduzindo as opções de escolha individual na alimentação, educação, medicina, lazer, trabalho e até mesmo na expressão dos sentimentos e construção das relações. As escolas formam escravos e a universidade é cada vez menos universal.

As gerações formadas em tempos mais humanistas são colocadas à margem e seu saber acumulado é descartado pelo mundinho de plástico que banaliza a cultura em arquétipos sem significado.

Os velhos são colocados em depósitos ou postos à margem, e substituídos por neo-engravatados, devidamente domesticados e movidos a ambição, não por conhecimento, mas por poder e posse.

Todos os caminhos que se apresentam ao ser humano já estão devidamente rotulados, empacotados e classificados.

As possibilidades de percurso não são mais infinitas, nem urdidas pelo indivíduo, mas antes uma escolha entre estereótipos. A recusa deles acaba configurando uma via que se chama desobediência civil e que pode nos levar ao ostracismo, ao ridículo ou à jaula.

Assim mesmo, VIVA A REBELDIA (que o grito de viva a liberdade já foi absorvido pelo SISTEMA).