O Risco de Ser Feliz!
Todos os dias corremos riscos. Cada caminho, pensamento, sentimento escolhido…
Para cada decisão, um risco. Para cada direção, coragem.
Sempre gostei de pintar, mesmo sem muita habilidade em desenhar (certo, realista).
Nasci no interior (Itu/SP), onde viver de arte nunca foi uma possibilidade. Minha única
referência era minha professora de Educação Artística, como se chamava a disciplina na
época.
Cresci e precisei “achar” uma profissão. Sem direção, guiada pelo acaso, fiz
contabilidade e saí com um emprego garantido da escola técnica.
Em 2019, comecei a trabalhar e, logo depois, fui pintar na Casa das Artes. Vinte e um
anos depois, esse espaço se tornou meu ateliê. Durante 19 anos, pintei seguindo técnicas
e modelos. Era um lazer, mas também uma armadilha para o meu perfeccionismo. Cada
pincelada reforçava a sensação de que eu nunca era “boa o suficiente”. A busca por
aprovação calava minha verdadeira expressão e alimentava um crítico severo dentro de
mim.
Então, em 2019, decidi que queria viver de arte. Mas, para isso, precisava de uma
“identidade artística”. Saí das técnicas, abandonei os modelos e mergulhei na
experimentação de tintas, cores e pincéis.
Foi então que acessei outro lado da arte:
• Que liberta.
• Que não julga.
• Que é prazerosa.
• Que faz feliz.
• Que cura feridas.
• Que abre as portas do coração.
• Que expressa o que sinto, sem precisar estar bonito.
“Achei um tesouro escondido dentro de uma palavra difícil, pra confundir nós
humanos, de achar que a ARTE é pintar um quadro bonito
Mas esse tesouro é subjetivo, porque pra cada um vai ter um sentido,
A ARTE é expressão daquilo que eu sinto, daquilo verbalmente, muitas vezes
não dito:
• O que eu crio importa.
• O que eu sinto importa.
• O que eu gosto importa.
• Meu limite importa.
• Eu me importo.
A arte como expressão individual me tirou da senzala da autocrítica, fez atravessar o
deserto das dúvidas e chegar à floresta fértil onde reencontrei minha verdadeira
natureza.
Em 2021, começou meu preparo para honrar essa missão. Enfrentei medos,
inseguranças, limitações. Fortaleci minha fé. Resisti às dores emocionais. E persisti,
mesmo nos dias mais desafiadores.
Hoje, olho para esse quadro chamado Vida, grande parte já pintado. Com luz e sombra,
para que seja real. E são esses anos de estudo e descobertas que quero compartilhar com
vocês, para que também tenham acesso a essa ferramenta poderosa. A arte é uma chave
que abre o coração, acolhe a emoção e direciona sentimentos. Ela drena o cansaço,
dissolve incertezas, esvazia a mente e relaxa o corpo.
Por isso, te convido a experimentar! Se você acha que não sabe desenhar, sem dúvidas
sabe rabiscar. E quem sabe, no meio dos riscos, você descubra algo inesperado…
Correndo o risco de ser feliz!
Bora praticar?
Atividade: O Risco de Ser Feliz!
Materiais sugeridos:
• Um caderno exclusivo para as atividades (como um diário de infância, um
espaço seguro para se expressar). Se não tiver, use folhas soltas, caderno de
desenho, o que tiver em mãos.
• Caneta tipo Bic.
• Outros materiais opcionais: canetas coloridas, marca-texto, lápis de cor,
canetinhas, giz de cera (vale até emprestar das crianças!).
Mãos na massa:
1. Feche os olhos, respire profundamente, pense no seu dia. Com os olhos
fechados, rabisque livremente no papel, soltando a mão até sentir que basta.
2. Abra os olhos, observe os riscos, vire a folha em todas as direções. Note quais
traços chamam sua atenção. Quando encontrar uma figura, comece a pintá-la
com os materiais disponíveis.
3. Ao terminar, reflita sobre o desenho e escreva no verso o que sentiu. Sem
julgamentos. Pode ser que a resposta venha só depois de alguns dias.
Recomendação: Faça esse exercício por pelo menos 21 dias para que vire um hábito.
Repita sempre que precisar acalmar a mente, controlar a ansiedade ou encontrar
respostas. Experimente também em família e sinta os benefícios de criar vínculos,
estreitar relações e estimular a criatividade.
Reflexão: Os riscos no papel são como a nossa mente diante dos desafios da vida.
Muitas vezes, não enxergamos a solução de imediato. Isso gera estresse, ansiedade,
medo. Mas, quando paramos, respiramos e olhamos por outro ângulo, a solução se
apresenta. E então, nos perguntamos: “Como não vi isso antes?”. A mente se acalma, o
coração desacelera e tudo se resolve.
Se você chegou até aqui, muito obrigada! Meu coração se enche de alegria ao trazer
essa prática simples, mas valiosa, para o nosso dia a dia.
Que sua vida seja cheia de cores!
Alê Neves Art 🎨🎨🎨🎨💚💚
📌 Dúvidas sobre a prática?
Assista aqui: https://www.instagram.com/p/DFtig9xuE9A/
📌 Acompanhe mais no Instagram: @aleneves_art
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