Edith Stein: Vida, Fé e Sacrifício
Falar em Edith Stein é falar na busca em encontrar a fé, aprofundando-se na relação entre ser e transcendência. Como carmelita, a escrita de Edith Stein torna-se oração e oferenda.
Sua obra carrega o peso da reflexão e a leveza do sagrado, ecoando uma alma que não teve medo do abismo da verdade.
Edith Stein nasceu em 1891, em Breslau, no seio de uma família judaica devota. Ainda jovem, perdeu o pai e viu sua mãe assumir o peso da família com força e fé. Porém, aos 14 anos, Edith tornou-se ateia, incapaz de encontrar respostas às suas profundas inquietações espirituais.
Brilhante e determinada, ingressou na filosofia, estudando na Universidade de Göttingen sob a orientação de Edmund Husserl. Concluiu um doutorado notável sobre empatia, destacando-se no campo da fenomenologia. Mas, mesmo com o sucesso acadêmico, seu coração buscava algo maior.
A transformação veio ao ler as obras de Santa Teresa de Ávila. Tocada pela fé cristã, Edith converteu-se ao catolicismo em 1922. Renunciou ao ateísmo e iniciou uma nova vida, deixando a academia para ensinar em escolas católicas, guiada por sua fé recém-descoberta.
Com a ascensão do nazismo, Edith enfrentou discriminação por sua origem judaica. Em 1933, ingressou no Carmelo de Colônia, adotando o nome Teresa Benedita da Cruz. Tornar-se carmelita era sua forma de entrega total à verdade e ao amor que havia encontrado.
Mesmo diante do perigo, Edith permaneceu fiel à sua fé e ao seu povo, escrevendo sobre a união entre judaísmo e cristianismo. Em 1938, foi transferida para o Carmelo de Echt, na Holanda, mas a segurança durou pouco. Presa pelos nazistas junto com sua irmã Rosa, ambas convertidas, foi deportada para Auschwitz.
No campo de concentração, Edith enfrentou o sofrimento com serenidade, entregando sua vida em solidariedade ao destino de seu povo. Em 9 de agosto de 1942, foi morta nas câmaras de gás, um testemunho de fé e sacrifício.
Edith Stein foi beatificada em 1987 e canonizada em 1998 pelo Papa João Paulo II, sendo declarada co-padroeira da Europa. Hoje, ela é lembrada como filósofa, santa e mártir, um exemplo eterno de coragem, busca pela verdade e amor inabalável.
Fonte: Prefácio do livro “Edith Stein: Vida, Fé e Sacrifício”.
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